Comunicação de Segurança: Repetição x Redundância x Canais Adequados
Nesse artigo refletiremos sobre a comunicação de segurança: a repetição, a redundência e os canais adequados. Não é um artigo que traz muitas respostas, mas traz reflexões importantes.
A comunicação é um processo, não um evento. Raramente é suficiente enviar uma mensagem apenas uma vez. Por isso as palestras de segurança embora importantes, não devem ser a única via ao qual SST é repassada aos trabalhadores.
O demais também pode ser um problema já que há uma linha tênue entre o suficiente e o demais.
Suponho que o número de anúncios de produtos farmacêuticos nas traseiras de ônibus, em outdoor na televisão deva produzir vendas, mas você não começa a desligá-los ou a ficar irritado com eles?
A segurança é importante e deve ser um tema constante na comunicação organizacional, mas os temas específicos devem ser pertinentes ao trabalho em questão e não apenas banalidades repetidas. Por isso DDS prontos e “temas quentes de SIPAT” devem ser objeto de análise criteriosa na organização. Não se pode admitir um tema somente porque é o sabor do mês.
A comunicação em segurança em algum momento deve produzir ações significativas. O trabalhador só apoia aquilo que ele ajuda a criar.
O foco no fazer ajuda o trabalhador a tomar posse das ações e do protagonismo do assunto SST.
A repetição excessiva da mesma mensagem não é uma fórmula para produzir um excelente desempenho de segurança. Do outro lado a falta de repetição ou envolvimento com a matérias SST pode levar ao esquecimento…
Nós respondemos à comunicação de mão dupla (falar, mas também se permitir ouvir o outro), então encontrar uma forma para oferecer uma conversa é um passo crucial para o processo de engajamento.
Muitas empresas tem investido em ambientes de conversa com os trabalhadores. Nesses ambientes são debatidos problemas e desafios relacionados ao processo produtivo, inclusivo no que se refere a SST.
Encontrar o tempo de repetição, canais e formatos adequados é um enorme desafio, mas infelizmente muitas empresas abordam o assunto no modo automático, contando com a sorte ao estilo “o acaso vai me proteger”, e sabemos que essa é uma forma perigosa de gerir o assunto das capacitações em SST.
Os melhores canais e formatos aparecem quando olhamos para a população das pessoas a serem educadas (formação média, idade, sexo, posição hierárquica), e para os desafios ou barreiras encontradas para o assunto SST ambiente no produtivo.
Fazer gestão do assunto segurança no trabalho é uma arte!
O lado bom disso é que jamais seremos substituídos por robôs, e o ruim é que para ter sucesso nessa área é preciso utilizar os neurônios! 🙁
Espero que tenha gostado de refletir nesse artigo sobre a comunicação de segurança: a repetição, a redundência e os canais adequados.
Programa de Comportamento Seguro.
Avaliação de maturidade da cultura de segurança.
Palestra Percepção de Riscos – Para SIPAT.